>>>>>VIAGEM IMPROVÁVEL
CAPÍTULO 1
Chovia forte. Alex desceu na Estação República às 23h00 de uma sexta-feira. Passos apressados, tomou o sentido da Rua Barão de Itapetininga, centro da cidade de São Paulo.
Ivana o aguardava no local combinado, esquina da Barão com a Avenida Ipiranga. Ela vestia uma blusinha lilás e uma calça branca. E ele deveria estar de jeans e jaqueta preta. Pelo menos foi o que combinaram por e-mail.
Alex fez uma compra pela internet. E o pacote estava com Ivana. Alex estava nervoso e ansioso demais! Suas mãos suavam e o coração batia acelerado. Além de não ir com a roupa que o identificaria, aproximou-se de Ivana ensopado, pelas fortes gotas que o atingiram.
Ivana, muito assustada, recusou-se a lhe entregar o pacote. Afinal, não estava certa sobre quem o pedia. O pacote continha um produto muito valioso, e Ivana não estava disposta a entregá-lo para qualquer um que a procurasse.
- Mas eu sei o seu nome!
- Desculpe, muitos sabem, eu trabalho aqui na região. Não posso entregar para você, não foi essa a roupa que disse que viria - retrucou Ivana.
- Eu não tive tempo de me trocar! (Alex trajava social, terno e gravata)
Olha aqui moça, eu paguei caro, já fiz o depósito em sua conta do total à vista, agora me passa a droga da minha encomenda! (disse Alex tentando puxar a sacola).
Ivana deu um grito e largando o guarda-chuva saiu em disparada em direção a Avenida São João. Alex saiu correndo, desesperado, atrás dela, mas Ivana era realmente rápida. Ao dobrar o quarteirão Alex recebeu uma trombada proposital, cotovelo no peito, de um homem careca e grande, mas muito grande!
Caiu feio numa poça d´água com muita dor.
Ivana apareceu por detrás do "guarda-costas", amigo das ruas, um dos clientes de Ivana, cujo nome verdadeiro registrado em cartório era na verdade: Ivan.
Com a mão no peito e roupa encharcada, viu os dois se distanciando, proferindo palavrões... e o seu dinheiro.... mas que droga! O dinheiro não importa, mas o "produto", esse sim, não tinha como conseguir com mais ninguém!
Alex se arrastou até uma porta de aço, de uma loja de calçados fechada. Tentando se esquivar da chuva, encostou-se e pegou o celular:
- Wagner, estou no cruzamento da Ipiranga com a São João, droga, venha me buscar agora!
Tendo desligado, sacou um revólver e deu dois tiros na direção do travesti.
--Conectado©
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