Eu tenho saudades...
(Zara)
Hoje, dia de finados, como cristãos não cultuamos os mortos, mas não podemos negar, é certo que lembraremos daqueles que já nos deixaram, aqueles que passaram pela morte, e o que é a morte? Muitas respostas teríamos, muitas nuances veríamos. Para alguns, morte é ficar sem fazer o que mais gosta, talvez alguns jovens diriam que viver sem internet, seria a morte, alguns torcedores diriam que se o time dele cair para a 2ª divisão, seria a morte (acredite, não é – força verdão), para empresários bem sucedidos o desemprego ou a perda de seus negócios seria pior que a morte.
Mas, por mais que nos apeguemos as coisas, pessoas, fatos ou valores, sabemos que ao final, o que interessa é sim, a morte no sentido literal, o fim, o final, game over, acabou-se. Deixar de existir.
Por mais que nos preparemos, por mais que tenhamos a certeza, como o ar que respiramos que ela chegará um dia, não sejamos hipócritas, na maioria das vezes, é difícil aceitá-la, ainda que tenhamos a certeza que ela não terá vez em nossas vidas, como cristãos, é dolorido ter que enfrentá-la, nesta terra. É doloroso saber que do nada, às vezes de uma hora para outra, pessoas que amamos, pessoas que possuem um significado tão especial em nossas vidas, são repentinamente arrancados, tiradas, às vezes à "fórceps" de nosso meio, de nosso convívio.
Às vezes temos saudades de amigos ou familiares que estão distantes, que por força do destino, podemos assim dizer, será difícil um novo convívio com eles em nosso dia a dia, talvez por mudanças, por escolhas, etc... e isso dói no coração, pois quando você ama essas pessoas, a dor é sim, afirmo sem sombra de dúvida, quase igual a dor da morte, dá um aperto no peito, um nó na garganta, as lágrimas são incontroláveis e mais que isso, são lágrimas doloridas, lágrimas que banham o rosto de um coração que se contorce e de uma mente que só desejaria estar perto desses amigos, desse familiar, mas... passa, o tempo se encarrega de deixar no coração as melhores lembranças e, sempre que possível, apesar da distância, você consegue matar um pouquinho dessa saudade através dos atuais meios de comunicação e, até, em momento oportuno rever e dar um abraço, mas o que falar da saudade daqueles que efetivamente se foram...
Para nós cristãos, ainda que tenhamos um sentimento diferente como a maioria das pessoas, um entendimento claro do que é a morte, a saudade, não podemos fingir e deixar de sentir, pois é certo que mesmo como cristão, aquele que perde uma mãe, jamais enquanto viver, deixará de ter saudades, ainda que isso tenha ocorrido há dezenas de anos...
aquele que perde um filho, infelizmente sabe o significado de uma morte prematura, ainda que em momento oportuno um sentimento angelical tomará conta de seu coração todas as vezes que se lembrar desse filho, terá uma cicatriz em seu peito, cicatriz essa que parece que nunca se fechará...
aquele que perde um marido ou uma esposa, ainda que tenha a vida retomada, jamais esquecerá daquele parceiro(a), amigo(a), das cumplicidades vividas, dos momentos, muitas vezes do primeiro amor...
aquele que perde um amigo, jamais esquecerá do convívio, às vezes momentos simples como uma partida de futebol, das histórias e dos causos contados por esse amigo, das experiências compartilhadas, quando esse amigo é cristão então, os sentimentos afloram, como esquecer dos objetivos que juntos buscávamos, como esquecer dos ensinamentos que compartilhávamos, das canções que cantávamos...
É impossível esquecer, é difícil não lembrar, como diria o Grupo Logos em uma das canções mais belas que já ouvi: " … sinceramente eu tenho saudades, do dia em que o pais nos ofertou, dos quais andamos juntos lado a lado, lutando a mesma guerra do Senhor..."
Mas neste dia, vendo nos noticiários tantos túmulos enfeitados levam-nos a pensar na morte como no final da carreira da vida, com um passo para o desconhecido, uma saudade aparentemente eterna e nos esquecemos de uma das grandes verdades bíblicas: "Lembra-te, ó homem, de que és pó e em pó te tornarás."
Qual a verdade nesse versículo? Se Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância." (João 10:10). Sabemos que é em razão da morte física, existente em razão do pecado do homem, por isso, os autores das nossas saudades se foram, e também é certo que Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá"
E aqui está a boa notícia, parafraseando um texto da Editora Vida, "Aquele que conhece a Deus pessoalmente não se intimida com o império da morte. Ele sabe que, por Jesus já ter pago pela sua culpa, a morte é apenas o final da sua vida aqui, o princípio da vida gloriosa e imortal, o ingresso na eternidade, a reunião com Deus." Ocasião em que a saudades não mais existirá, o filho encontrará com a mãe, o pai e a mão com o filho, o esposo com a esposa, os amigos se abraçarão e, certos de terem vencido a batalha entoarão: SANTO, SANTO, SANTO!
Abraço,
Zara
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