DEUS NO CENTRO DA FAMÍLIA
Bem no início da história da humanidade, disse Deus: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gn 2.18). E criou a mulher. A seguir, Deus a entregou ao homem, e este disse: "Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23). E assim estava constituída a primeira família.
Infelizmente, o pecado entrou na vida do casal. Os dois foram expulsos do Éden, mas Deus não desistiu da humanidade, nem da família.
Quando Jesus veio ao mundo, ele nasceu numa família legalmente constituída – embora não necessitasse disso, por ter nascido de uma virgem, gerado pelo Espirito Santo. E ele escolheu uma festa de casamento para dar início aos seus sinais. Isso mostra que Jesus é o Salvador também da família. Ele quer que cada lar seja uma amostra do que será o lar celestial.
Outra evidência forte de que a família é um projeto de Deus é o fato de a igreja cristã ter nascido no seio de uma família. Após a ascensão de Jesus, os discípulos, juntamente com as mulheres que o seguiam, "com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele" (At 1.14) se reuniram no cenáculo, onde ficaram aguardando o cumprimento da promessa da descida do Espírito Santo. E foi naquele ambiente familiar que a promessa se cumpriu. "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. (...) Todos ficaram cheios do Espírito Santo" (At 2.1-4). E assim nascia a igreja cristã.
A história deixa claro que a fé cristã, no primeiro século, desenvolveu-se basicamente no seio das famílias. A igreja cuidava da adoração e do louvor comunitário; mas era no lar que os filhos aprendiam as sagradas letras que podem torná-los sábios "para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15). É verdade que a família não é um sistema fechado. Pelo contrário, os filhos acabam recebendo mais influência externa do que de seus próprios pais. Mas é no lar "que se produzem as primeiras e mais duradouras influências" que vão nortear a formação do ser humano.
O grande volume de influências externas deve ser motivo para uma atuação ainda maior por parte dos pais. Pois é o ensino e a influência que se exercem dentro de casa que servirão de filtro para "coar" as influências externas.
John e Betty Drescher, após completarem trinta anos de casamento, escreveram: "Se estivéssemos começando outra vez nosso casamento, faríamos um compromisso mútuo, desde o início, a fim de colocar em prática aquelas atitudes e atos que colocam Deus no centro de nosso lar". Eles realmente descobriram o único caminho para o êxito da família: colocar Deus no centro do lar.
Rev. Adão Carlos
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