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Re: [Mar de Poesias] elos de vida

Lembro-me, meu amigo Elias, de ter em meus guardados uma flor que ganhei feita de uma folha seca que caiu da amendoeira que eu mesma plantei na minha infância, na porta da minha casa. Eu estava sentada na porta nesse momento, tinha meus 15 anos e a ganhei do meu primeiro amor. Também tenho minhas caixinhas de bens guardados, como esta flor (folha), papéis de bombons, de bala, asinha de borboleta (de verdade), papéis de carta e cartas de amor, cada coisa com sua história... Sou também uma colecionadora de coisas, mas só as que tem história, ou lembrança. 

Iniciando a leitura você me transportou para um momento bom da minha vida. Me levou também a conhecer um lado bom seu. Cada dia surpreendendo amigo Elias!
 
Ter dito: "ainda pensando nela" já foi de tamanha beleza que nem seria preciso você continuar, porém, para nossa felicidade, você com delicadeza nos presenteou com "elos de vida" e com ele conseguiu nos transmitir que o amor nos transcende e consegue, digamos, brincar conosco enquanto "pensamos" que podemos fazer o quisermos com ele. Foi adorável ler cada linha e vivenciar cada momento. Foi preciso "colocar o relógio para me despertar" porque eu sorri, adormeci e sonhei, enquanto lia esse amor...
 
Aplausos de pé pra você!!!
 
 

Em 21/08/2012 11:57, elias silva < eliasmsilva@ig.com.br > escreveu:

Da série: "ainda pensando nela..."

 

 

elos de vida

 

Sou desses caras

que gosta de colecionar coisas,

caixinhas de bens guardados,

folhas e pétalas por testemunha.

 

Gosto de sentar ao  pé da escada e contar histórias com finais felizes.

Busco grandes amizades debaixo da minha cama que é onde caem os

farelos da  vida que se viveu.

 

Antigos e mal resolvidos amores ainda me perseguem.

 

Não tenho um único grande e eterno amor que depois de findo,

não tenha deixado rastros e vínculos cheios de adornos,

vestidos a caráter, em grande gala: coisa de gente grande.

 

E eu sorrio recolhendo gotas de chuva com as quais rego meus sonhos.

Não precisei fazer grandes esforços para obter as glórias do amor passado,

findo, ou presente, porque sempre amei o amor, polindo-o com boas maneiras

para que não perdesse o viço.

 

Hoje, de tão viçoso, o amor apóia o cotovelo sobre a mesa e passa horas a me escutar,

e ri comigo, e me oferece algodão doce na intenção de me lambuzar.

São pequenos mimos que vou espalhando, em elos de vida, pela casa.

É uma casa tão cheia de janelas, portas e cantos que às vezes o amor brinca de esconde-esconde

e me assusta por baixo dos lençóis.

Eu sorrio e coloco o relógio para despertar porque o amor não pode adormecer ,

nem tão pouco amadurecer.

 

E assim ficamos tão íntimos e afins, que brinco de correr atrás dele e ele corre atrás de mim,

até que nos cansemos e a morte nos una em outras estações que haverão de vir,

porque é de agora,

é de sempre

e é de antes.

 

E-RJ

 

 

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