Foi num golpe de vento, pensamento que foi e "zás"
A última voz que soe no vento a música puída e triste de tua boca, que não sabia mais sorrir. Como a tal felicidade pode resistir a essa cruel prisão?
Eu que não podia mais te dar as cores que tua alma clamava, nem dizer o que a minha transbordou... Porém bastaram as mesmas palavras tão simples que não mais podia rimar
Foi uma ânsia de liberdade e tal, percebi meus grilhões, mas...
Triste é viver sem asas, pássaro que rasteje isso é o que me pedes, não te posso atender. Como partiria minha alma em romaria mas o corpo mesmo preso em tuas mãos?
Se a ti parece sou todo em fragmentos, mas só porque a verdade não sabes ver...
Eu revelo a nossa história, não com a crueza de quem se revela de corpo e alma desnudos, mas a tua própria história e rosto postos à prova. Ao escarro dos pobres que não se vêem quanto mais a nós...
E por não saber te dar as cores que tua alma clamava, nem dizer do que minha alma transbordou, pois eu era boca e não cantei, um coração solitário que não mais sofria e bem antes da mesmice covarde dos acomodados, somente te disse: VAI...
Decifra-me ainda te peço ...
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