Meus olhos sorriem,
um sorriso largo
como daqueles bonequinhos "smile"
de batata frita congelada.
Tentador é sentir frio na barriga
e não se embriagar dessa sensação.
A palavra seguinte se antecipa a anterior
causando frisson em minhas frases.
Euforia...
Palavras submersas respirando por apenas
uma pequena bolha de ar que surge ao acaso,
ou de improviso ou de favor...
Sabe-se lá!
Palavra antiga que não envelhece, não tem idade. Eterniza-se
nesse breve presente de apenas um segundo,
medida de tempo que passa,
logo o presente passa.
O segundo passa,
mas a palavra fica no segundo de agora.
A palavra é estável.
Você é palavra.
Você não envelhece.
Você não passa.
Mesmo que o tempo passe,
você não passa.
Você sendo palavra, e não pessoa, é o segundo de agora e não o que passou.
Por isso o sorriso largo, de "smile",
pois mesmo que deixemos de existir algum dia, renasceremos a cada momento em que essas palavras forem lidas.
Nesse instante,
nesse segundo,
seremos vida.
Jal Magalhães
07/03/2014
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[Mar de Poesias] Smile
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