A CARTA
Certa vez eu estava distraída
  Perdida em meio às cartas 
  Que o sofrimento enviava diariamente 
  Quando o vento trouxe uma diferente 
  Era leve, transparente e tranquila 
  Foi tão fácil ler aquela carta
  Ela continha uma história de sofrimento, 
  Mas as histórias de alegria eram maiores
  Eram tantos momentos de felicidade 
  Que ela trazia em suas linhas 
  Aquela carta iluminava meus dias 
  Já não sentia o peso das outras cartas
  Era uma carta missionária 
  Em algum momento iria partir 
  A carta dizia "eu só gosto do que é duradouro"
  Racionalmente eu compreendia
  Estávamos em uma estação passageira
  No fundo esperava que aquela carta
  Me transformasse em suas linhas de felicidade 
  E me levasse em suas viagens
  Mas o inesperado aconteceu
  Antes da data marcada  
  Me transformei em linhas de solidão 
  Que a carta levou consigo
  Em uma madrugada fria 
  Enquanto eu a via partir 
  Sentada no banco da estação...
Gheysa Moura 
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