Missão, Visão, Valores
Por Rick Boxx
Perguntaram ao meu amigo Estevão: “Se você tivesse que começar seu negócio de novo, o que faria de forma diferente? “ Estevão respondeu rápida e decididamente: “Imediatamente eu esclareceria a visão, missão e valores da empresa e os comunicaria constantemente ao quadro de funcionários”.
Ao longo do tempo Estevão descobriu que, quando a equipe obteve compreensão clara de quem eles eram e entraram em acordo em relação para onde estavam indo, a empresa tornou-se muito mais eficiente. Em essência, eles obtiveram respostas para três perguntas fundamentais: (1) Para onde estamos indo? (2) Como chegaremos lá? (3) Como saberemos que já chegamos?
Max DePree, ex-CEO de uma empresa de móveis para escritório e autor de vários livros, observou que comunicação clara em uma organização é essencial para que ela opere com sua capacidade máxima. Ele disse: “Relacionamentos nas corporações melhoram quando a informação é compartilhada com exatidão e livremente”.
Esse princípio é verdadeiro para qualquer empreendimento na vida, quer planejando atividades da família, indo para guerra ou desenvolvendo iniciativas beneficentes. Porém, no mundo profissional e empresarial, onde indivíduos únicos se misturam oferecendo variedade de habilidades, interesses e experiências, a necessidade de clareza da visão, missão e valores não pode ser superestimada. Para assegurar o sucesso não pode existir confusão a respeito de planos, metas, expectativas, responsabilidades ou papéis. E essa comunicação não pode ser esporádica: é preciso que seja contínua e completa.
Por essa razão, empresas exibem fisicamente declarações de missão e visão por todas as suas instalações e escritórios. Escrever tais documentos seria de pouco valor, caso fossem arquivados em gavetas e esquecidos. Quando são periodicamente revistas em reuniões, permanecem em primeiro plano na mente de todos.
Na Bíblia, o melhor manual de negócios jamais compilado, vemos exemplos em que a necessidade da expressão clara de visão e missão são ressaltadas. Por exemplo, Deus instruiu o profeta Habacuque: “Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade. Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta...” (Habacuque 2.2-3).
Ao final de Seu ministério terreno, Jesus Cristo fez uma clara afirmação de missão e visão para Sua “equipe”: “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam Meus seguidores... ensinando-as a obedecer tudo o que tenho ordenado a vocês...” (Mateus 28.19-20). Nessa diretriz concisa, Jesus afirmou a Seus seguidores quem eram, para onde deveriam ir e o que teriam que fazer.
Trazendo esse conceito para a esfera do mercado de trabalho, torna-se difícil para qualquer equipe ser produtiva, se seus membros não sabem para onde estão seguindo. Sendo assim, lembre-se de delinear sua visão com regularidade e consistência.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você ou sua empresa têm uma visão claramente expressa? Qual é ela?
2. Se alguém lhe perguntasse qual o papel específico que você tem a desempenhar e qual é a missão e a direção de sua empresa, o que você responderia?
3. Você já esteve ligado a uma organização cuja visão e missão não eram claramente comunicadas? Que efeito isso tinha sobre os empregados e sua produtividade?
4. O que você acha de ter a declaração de missão e visão da empresa apresentada de forma escrita e também exibida com destaque? Você vê alguma vantagem nisso?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Josué 1.6-9; Neemias 2.17-18; Provérbios 16.21-23; 29.18; Atos 1.8.
Controlar ou Ignorar
Por Robert D. Foster
Eu me deparei, algum tempo atrás, com essas observações escritas por um autor desconhecido. Embora eu não possa dar o crédito devido, esta percepção atemporal é digna de consideração. Leia cada pensamento e depois medite sobre eles e aplique as ideias às suas circunstâncias pessoais e profissionais:
· “Não podemos controlar a extensão de nossa vida, mas podemos controlar sua profundidade e amplitude.
· Não podemos controlar o clima, mas podemos controlar a atmosfera moral que está ao seu redor.
· Não podemos controlar os contornos de nossa fisionomia, mas podemos controlar nossas expressões e aquilo que elas comunicam aos outros.
· Não podemos controlar as oportunidades de outras pessoas, mas podemos assegurar-se de agarrar cada oportunidade que surja em nosso caminho.
· Não podemos controlar os altos rendimentos que alguns de nossos amigos recebem, mas podemos administrar com sabedoria nossos próprios ganhos modestos.
· Não podemos controlar os erros ou hábitos irritantes de outros indivíduos, mas podemos ficar atentos para não desenvolver ou abrigar tendências que possam servir de irritação para outros.
· Não podemos controlar tempos difíceis ou de necessidades, mas podemos poupar recursos agora que nos farão atravessar tempos de adversidade e carência.
· Não podemos controlar a distância que nossa cabeça vai se elevar acima do solo, mas podemos controlar o quão elevado será o conteúdo dentro dela.
Assim, por que se preocupar com coisas que não podemos controlar? Ocupemo-nos controlando aquelas que dependem de nós! Não nos preocupemos com circunstâncias que não podemos mudar. Concentremo-nos em atitudes que podemos mudar!” - Autor desconhecido.
Aqui estão alguns pensamentos similares que Deus nos dá em Seu Manual de Vida, a Bíblia:
“Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem Ele chamou de acordo com o Seu plano” (Romanos 8.28).
“Se é o Senhor quem dirige os nossos passos, como poderemos entender a nossa vida” Provérbios 20.24)
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você geralmente tenta controlar – ou se preocupa – com coisas que realmente estão fora do seu controle? Que efeito isso tem sobre sua produtividade e comportamento diário?
2. Pense em algo – presente ou passado – que tem consumido muito de sua energia mental e emocional, embora você pouco ou nada possa fazer a respeito. Qual deve ser a atitude correta?
3. Na lista apresentada pelo autor, o que se destaca entre as coisas sobre as quais você realmente tem controle?
4. Duas passagens bíblicas foram mencionadas para enfatizar que Deus está no controle. Lê-las provoca em você uma sensação de confiança e segurança? Você crê nelas?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Salmos 37.4-7; Provérbios 3.5-6; Isaías 40.31; 41.10; Jeremias 29.11; 33.3; Filipenses 4.6-8.
Integridade no Mundo Corporativo
Por Rick Boxx
Muitas empresas e organizações incluem integridade na lista de valores fundamentais para orientar suas operações cotidianas. Embora o desejo de nutrir uma cultura de integridade corporativa seja admirável, tais aspirações podem ser arruinadas por alguém mal orientado.
Integridade corporativa não é meramente um nobre princípio patrocinado pelos altos escalões da administração. É o clímax do trabalho de toda equipe: pessoas reunidas para estabelecer um consistente padrão de integridade pessoal através da organização. Uma empresa é tão boa quanto seu elo mais fraco da corrente. A experiência frustrante vivida por um cliente com um vendedor pode afetar seriamente sua opinião sobre a empresa como um todo. Se tais comportamentos ou atitudes se repetem ou se relatos de experiências negativas se espalham, a empresa que seria considerada irrepreensível pode sofrer danos irreparáveis.
Assim como o velho ditado nos diz que “uma maçã podre contamina todo o cesto”, comportamentos deficientes ou ações antiéticas de um único colaborador podem distorcer a maneira como uma organização é vista. Isto pode não parecer justo, mas é a realidade. Provérbios 17.21 na Bíblia, apresenta isso da seguinte forma: “O pai de filhos sem juízo só tem tristezas e sofrimento.”
Como um pai sente tristeza, o mesmo acontece com um empregador. Seja na família ou numa empresa, um único indivíduo pode arruinar tudo para todos na equipe. Uma contratação errada pode destruir uma boa reputação construída ao longo de anos. Vejamos diretrizes bíblicas para selecionar pessoas que se tornarão recursos da sua organização:
Pessoas que demonstrem honestidade. O currículo do indivíduo confere? Ele parece alguém que tem apreço pela verdade ou você sente que ele será capaz de torcer a verdade para fechar uma venda ou avançar profissionalmente? “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas Se deleita com os que falam a verdade” (Provérbios 12.22).
Pessoas com reputação sólida. Ele foi bem recomendado por pessoas que você conhece e respeita? Se vai exercer funções de liderança deve ter demonstrado compromisso com integridade pessoal e profissional. “É necessário, pois, que o bispo (líder sênior) seja irrepreensível... moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar... Os diáconos(líder júnior) igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos... de lucros desonestos” (I Timóteo 3.2-8). Estas qualificações estão relacionadas a liderança espiritual, mas também se aplicam aos encarregados de dirigir qualquer empreendimento corporativo.
Como Provérbios 17.21 nos lembra, não há alegria para o pai de um tolo; também não há alegria para um líder cujos colaboradores trazem vergonha ou descrédito para a organização. Da próxima vez que for admitir alguém, procure selecionar quem traga alegria ao invés de desgosto.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Qual é a sua definição de integridade?
2. De que forma, em sua opinião, a liderança de uma empresa pode ser mais efetiva na criação e manutenção de um ambiente que faça da integridade sua prioridade máxima?
3. No acelerado mundo profissional e de negócios, cheio de pressões e exigências, porque integridade não é considerado um valor corporativo significante?
4. Se tivesse de fazer mudanças no seu ambiente de trabalho ou em seu desempenho profissional, para assegurar altos níveis de integridade de todos os envolvidos, quais seriam?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 10.9; 11.1,3; 13.17; 20.14,25; 29.4.
Generosidade no Mercado de Trabalho
Por Rick Boxx
Um amigo - que chamarei de João - tinha a reputação de ser generoso não apenas com pessoas de sua comunidade, como também com as que ele mal conhecia, mas cujas necessidades chegavam ao seu conhecimento. João não praticava tais atos de generosidade em troca de reconhecimento, mas pela alegria de ser capaz de usar um pouco dos recursos que possuía para satisfazer as necessidades dessas pessoas.
Um dia algo inesperado o levou a compreender que embora estivesse demonstrando cuidado com pessoas fora de seu ambiente de trabalho, ele estava deixando de cuidar dos membros de sua própria equipe. João e a esposa descobriram que um empregado passava sérias dificuldades que poderiam ser remediadas com poucos recursos. Ele tomou a iniciativa de reunir os materiais e mobilizar empregados, formando uma equipe para solucionar o problema. Trabalhando em conjunto, ninguém precisou se sacrificar, demonstrando que “Muitas mãos tornam o trabalho leve.”
Atualmente João continua sendo extremamente generoso doando seu tempo e energia, bem como recursos materiais. Contudo, ele faz questão de estar atento às necessidades que surgem dentro de sua própria empresa que, em sentido real, é como uma família. Olhando para trás, João fica sem jeito ao lembrar como foi incapaz de detectar as dificuldades que existiam em seu ambiente de trabalho, bem debaixo do seu nariz.
Claro que ele não estava intencionalmente ignorando necessidades que poderiam ser óbvias. Às vezes é fácil deixar de enxergar o que precisam aqueles que estão próximos de nós no trabalho ou no lar, quando o foco está em identificar pessoas de fora que estão enfrentando lutas. A visão se torna de longo alcance, quando seria mais útil enxergar o que está próximo.
Podemos aprender uma lição com pastores do Oriente Médio que cuidam de seus rebanhos vigiando constantemente para assegurar-lhes bem-estar e segurança. Examinam cuidadosamente o perímetro em torno do rebanho, para garantir que nenhum predador está se aproximando. Mas também vigiam cada ovelha de perto para prevenir doenças e ferimentos ou simplesmente impedir que coma algo prejudicial.
Podemos aplicar essa analogia ao nosso papel de líder, executivo ou gestor. Como pastores do ambiente de trabalho nossos empregados devem ser considerados como família. Afinal estão a nosso serviço. Embora tenhamos o direito de esperar que desempenhem suas funções de modo produtivo e eficiente, eles também têm o direito de esperar ajuda em tempos difíceis. Isso pode incluir aconselhamento, licença do trabalho, assistência profissional em área específica, auxílio para solucionar questões familiares e até mesmo ajuda financeira quando apropriado.
Na Bíblia, I Timóteo 5.8 ensina: “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” Que afirmação vigorosa! Embora os empregados não sejam família em termos de sangue e hereditariedade, se você é líder, a generosidade precisa ser demonstrada em seu ambiente de trabalho.
E deve começar por você!
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você concorda com o autor quando ele afirma que generosidade deveria ser um aspecto importante no relacionamento entre líderes ou administradores e seus empregados?
2. Você mesmo ou alguém que conhece já foi beneficiado por um ato de generosidade no seu trabalho? Como você se sentiu?
3. Qual deveria ser a motivação para sermos generosos com outras pessoas? Atos de generosidade devem ser praticados com a expectativa de se receber alguma coisa ou algum favor em troca?
4. Que fatores podem impedir ou desencorajar a generosidade no ambiente de trabalho?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 11.24-25; 18.16; 21.13; 22.9; II Coríntios 9.6-9.
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