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Cone© MENSAGENS P/ SEMANA

 

 

 

PostHeaderIconSorria


Sorrir faz bem.
O sorriso favorece, ajuda.
Sempre que alguém te sorrir, sorria também.
Mas, sempre que alguém não te sorrir, sorria mais ainda…
Sorria sempre que viver!

Até porque sorrir contrai alguns músculos e quando você envelhecer terá menos rugas e maior elasticidade.
É saudável. Faz bem até pra alma.

Sorrir é uma conseqüência.
De tudo aquilo que é bom.
De tudo aquilo que é único.
É uma emoção.
Seja idiota, ria de coisas bobas. Isso faz parte.
E isso será um momento. Uma lembrança.
E você sorrirá novamente quando relembrar.

Não sei se já te falaram, mas sorriso atrai sorriso.
Aquele resto de alegria, aquela confiança.
Dê apenas um sorriso, mas sorria sempre.

Mas, não se empolgue saindo por aí com um sorriso sem sentido, sem fundamento.
Porque um sorriso, tem que ser verdadeiro, tem que vir lá do lado de dentro.
Assim como o amor.
Assim é a vida…
Tudo se completa, quando existe um sentido.

PostHeaderIconAceitação

 

A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.
De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.
A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
É difícil aceitar uma perda material ou afetiva;uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.
As pessoas são como são, dificilmente mudam. Não podemos contar com isso.
A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.
A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se.
Aceitar é estar lúcido do momento presente e se assim a vida se apresenta, assim deve ser.
Tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.
No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.
Tudo é movimento. Nada é permanente.
A nossa tendência "natural" é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação.
Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio.
Aceitar é o que nos leva à Fé.
É fundamental entender que aceitar não significa desistir, é seguir adiante com otimismo.
Ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida.
Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.
No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer lhe oferecer.
Novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.

PostHeaderIconO mundo vai se acabar

 (Maria Madalena de Oliveira Junqueira Leite)

Liana estava em seu quarto sozinha, de madrugada, pensando nos seus problemas e inúmeras dúvidas, principalmente em relação ao futuro e ao seu próximo casamento com o namoradinho de infância.

De repente, ela viu surgir na sua frente uma linda mulher, envolta em um halo de luz dourada, como uma aparição angelical, que lhe disse:

- Liana, o mundo vai se acabar em 30 dias. Seja feliz! Você só tem 30 dias para isso. Adeus!

Dizendo isso a mulher dourada lhe entregou um papel onde estava escrito exatamente o que acabara de lhe dizer. E desapareceu.

Liana ficou muito intrigada e adormeceu, mais confusa do que já estava.

Na manhã seguinte, ao acordar, Liana pensou haver sonhado um sonho estranho e não deu muita importância, até o momento em que encontrou um papel escrito em letras douradas, na sua escrivaninha, contendo as frases da aparição noturna.

- Então foi verdade! – pensou.

Contou para todas as pessoas. E ninguém acreditou nela.

- Você deve ter sonhado com isso. E você mesma escreveu. O papel é igual ao do bloco que há em cima da sua escrivaninha. Imagine! O mundo se acabar em 30 dias! Essa é muito boa! – disse sua mãe.

As únicas pessoas que acreditaram nela foram suas amigas, desde os tempos de colégio, Terina e Elisia, também de 20 anos, como ela.

Fizeram, então, uma reunião para decidir o que fazer para serem felizes em 30 dias: – viajar, comprar roupas, objetos, carros; passear, divertir-se ao máximo em festas, boates, discotecas, teatros, cinemas; namorar, visitar amigos, parentes queridos, enfim, tudo que fosse possível para ser feliz.

Porém, como haveriam de fazer tudo isso, se não tinham dinheiro? Decidiram pedir emprestado aos pais, a amigos ou ao banco. Daí surgiu a questão sobre como pagar os empréstimos.

- Se o mundo vai se acabar em 30 dias, não precisaremos pagar! – concluiu Liana.

E foi o que fizeram. Arrumaram empréstimos em bancos e com os pais e trataram de se divertir o quanto podiam. Para começar, Liana desmarcou o casamento, sobre o qual não estava muito certa, pelo menos naquele momento da sua vida. Queria conhecer outras pessoas, outros rapazes, viajar, enfim, aproveitar o que lhe restava de vida.

As três amigas, para espanto de todos, mudaram todos os seus comportamentos e gostaram muito disso. Fizeram excelentes passeios, conheceram pessoas, novas amizades, novos namorados, viagens, compras, enfim, tudo o que tinham vontade, durante 29 dias.

Na noite do 29º dia decidiram permanecer juntas, pois no dia seguinte…

Passaram a noite observando qualquer acontecimento diferente, à espera do momento em que o mundo se acabaria.

O dia amanheceu e nada aconteceu. As horas transcorreram dentro da mais absoluta normalidade e nada de estranho ocorreu.

Muito surpresas, viram chegar a noite do 30º dia, sem novidade. Ocorreu-lhes, então, a idéia de que poderia ter havido um engano.

- Vamos verificar o bilhete da mulher dourada – disse uma das três amigas.

E assim foi feito. De fato, a frase do bilhete não era de que o mundo iria se acabar em 30 dias, como Liana havia lido, transtornada pela emoção do momento, mas sim, em 300 dias.

Ficaram muito felizes ao constatar que ainda tinham mais 270 dias para se divertirem.

- Esperem! Acho que agora estamos com um problema! Já que o mundo não se acabou, teremos de pagar as contas! – disse Liana, assustada.

- É mesmo! O que faremos agora! – responderam as outras duas.

- Vamos pensar com calma e encontraremos uma solução.

Resolveram que cada uma deveria procurar trabalhar naquilo de que mais gostava de fazer e sabia fazer melhor.

Liana gostava de plantas. Terina tinha um talento bastante desenvolvido para vendas. Elisia gostava mesmo era de fazer doces.

Desenvolveram uma espécie de microempresa, nos fundos da casa de uma delas. Lá Liana começou a cultivar várias espécies de flores e a fazer desenhos sugerindo o uso delas. Planejava até aprender a desenvolver sofisticados projetos de jardinagem. Elisia fazia e confeitava bolos ornamentais que, com a prática, ficavam cada vez mais elaborados. Fazia também docinhos, bombons, tortas e pudins deliciosos. A tarefa de vender os produtos da empresa ficava por conta de Terina, que se saía muito bem nesse empreendimento, a tal ponto que quase não davam conta de atender a todas as encomendas.

Com muita dedicação, responsabilidade, confiança em si mesmas e na sua capacidade de trabalho, cada uma das três amigas, apenas dando vazão a seus respectivos talentos, conseguiu pagar, em poucos meses, todos os empréstimos que havia feito de terceiros.

Gostaram tanto dessa experiência que continuaram em atividade. Enquanto trabalhavam estavam se divertindo e seus negócios crescendo na mesma proporção de seu entusiasmo.

Até que, finalmente, chegou o 299º dia.

Elas até ficaram um pouco tristes, pois esses últimos dez meses haviam sido os melhores de suas vidas, tanto em diversões, descobertas de seu próprio potencial, encontros com suas capacidades, autoconfiança e muitos outros recursos que nem sequer imaginavam ter.

Reuniram-se novamente, como naquela noite do 29º dia, e aguardaram a chegada do fim do mundo. Conversaram muito. Fizeram um balanço e concluíram o quanto tinha sido proveitoso acreditarem em si mesmas. Agradeceram a Deus a oportunidade que tiveram de desenvolver todas suas potencialidades e talentos, os quais elas nem mesmo conheciam. Quando o mundo se acabasse, afinal elas podiam dizer que foram felizes e que viver, realmente, tinha valido a pena.

E, NO 300º DIA…

O mundo não se acabou!!!

**********

Quem, na vida, se iludir com sonhos mirabolantes, planos fantasiosos ou qualquer tipo de ilusão, fatalmente será obrigado a pagar o devido preço pela sua ingenuidade ou pela sua irresponsabilidade.

Isto é apenas uma história, porém capaz de lembrar que, quando alguém se dispõe a assumir a responsabilidade pela própria qualidade de vida, tem a chance de se deparar com capacidades suas, até então desconhecidas.

Ao invés de esperar um empurrão da Vida, como aconteceu com as garotas, acredito que seja possível para qualquer pessoa começar, a partir de já, a entrar em contato com essas capacidades que certamente estão guardadas dentro de cada um, à espera de serem mostradas.

E para que haja alguma mudança na vida basta que se faça algo novo. Continuar com os mesmos comportamentos, só trará os mesmos resultados de sempre.

E você, o que faria se tivesse apenas 30 dias para ser feliz? E se fosse 300?

PostHeaderIconO ponto negro


Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte: "Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo".
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar: "Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente".
Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que Deus lhe dá. Creia que o choro pode durar a noite toda, mas a alegria logo vem no amanhecer. (Salmo 30,5).
Tenha essa certeza, tranquilize-se e …. SEJA FELIZ!!!!!

 

PostHeaderIconO Caminho

 (Flávio Souza)

A atitude de aprender sempre é uma das maiores virtudes, pois nada ocorre por acaso. Tudo ocorre por uma razão e um fim, e isso nos é precioso.
Não há fracasso. Há somente resultados, que podem ser positivos ou negativos, afinal, a semeadura é livre e a colheita é obrigatória. O que a maioria chama de acaso, sorte ou azar é conseqüência do exercício de seu livre arbítrio.
Tudo começa no pensamento. Não se veste uma roupa sem antes esta ter sido pensada. Não se tem sucesso antes de ser sonhado, planejado, desejado, como o ar que se respira e colocado em prática através de atitudes condizentes com o resultado almejado.
O maior recurso de qualquer pessoa é ele próprio. Tudo está em você, começa em você ou por você, e se realiza pela sua perseverança. Até Jesus, ao curar os leprosos, disse: "A TUA fé te curou".
A plena consciência de que todos podem brilhar está em lembrar que o sol brilha resplandecente, mas em sua ausência é a lâmpada que ilumina. Há momentos em que somos sol, em outros, lâmpada, ou seja, há momentos na vida que sobrepujamos nossa própria existência. Há outros em que, embora não tão fortes como a luz do sol, também somos relevantes como a fraca luz da lâmpada. O importante não é a intensidade da luz, mas a proposta de realizar sempre.
Para saber se estamos no caminho certo, basta uma pergunta: Para onde queremos ir? Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve.

 

 

 

PostHeaderIconO mágico e a moça cega

 (Michael Jeffreys)

Meu amigo Whit é mágico profissional e foi contratado por um restaurante para fazer mágicas durante o jantar, distraindo os clientes. Uma noite ele se aproximou de uma família e, depois de se apresentar, puxou um baralho e começou seu número. Virando-se para uma moça sentada à mesa, pediu que ela escolhesse uma carta. O pai da moça lhe disse que a filha, Wendy, era cega.

Whit disse:

-Tudo bem. Se ela concordar, eu gostaria de fazer um número com ela.

Virando-se para a moça, meu amigo perguntou:

-Wendy, você gostaria de me ajudar numa mágica?

Um tanto tímida, ela encolheu os ombros e respondeu:

-Tudo bem.

Whit se sentou em frente à moça e disse:

-Vou segurar uma carta, Wendy, que será vermelha ou preta. O que quero é que você use seus poderes psíquicos e me diga de que cor é a carta, vermelha ou preta. Você entendeu?

Wendy concordou com a cabeça. Whit segurou o rei de paus e perguntou;

-Wendy, esta carta é preta ou vermelha?

Depois de um momento, a moça cega respondeu:

-Preta.

Sua família sorriu. Whit levantou o sete de copas e disse:

-Esta carta é vermelha ou preta?

-Vermelha – Wendy respondeu.

Então Whit levantou uma terceira carta, o três de ouros, e perguntou:

-Vermelha ou preta?

-Vermelha! – Wendy disse sem hesitar.

Seus pais riram nervosamente. O mágico levantou mais três cartas e a moça acertou todas. Incrivelmente, ela acertou as seis vezes! Sua família não podia acreditar em sua sorte. Na sétima carta, Whit levantou o cinco de copas e falou:

-Wendy, quero que você me diga qual é a carta e de que naipe ela é … se é de copas, ouros, paus ou espadas.

Depois de um momento, Wendy respondeu, confiante:

-É o cinco de copas.

Os parentes deixaram escapar um grito. Eles estavam aturdidos! O pai de Wendy perguntou a Whit se ele estava fazendo algum tipo de truque ou mágica mesmo. Whit respondeu:

-O senhor terá de perguntar a Wendy.

O Pai, então, perguntou à filha:

-Wendy, como você fez isso?

Ela sorriu e disse:

-É mágica!

Whit cumprimentou a família, deu um abraço em Wendy, deixou seu cartão de visitas e se despediu. Estava claro que ele havia criado um momento mágico que aquela família jamais esqueceria.

A questão, naturalmente, é como Wendy sabia a cor das cartas? Já que Whit nunca a havia encontrado até aquele momento no restaurante, ele não poderia ter lhe dito antes que cartas eram vermelhas e quais eram pretas. E, já que Wendy era cega, era impossível para ela ver as cores ou o valor das cartas quando ele as levantou. Como foi, então?

Whit pôde criar seu milagre usando um código secreto e rapidez de pensamento. No início de sua carreira, ele havia criado um código para que uma pessoa pudesse passar informações para outra com os pés, sem usar palavras. Ele nunca tivera a chance de usar o código até aquele momento no restaurante. Quando Whit se sentou em frente a Wendy e disse "Vou segurar uma carta, Wendy, e ela será vermelha ou preta", ele bateu de leve no pé dela (sob a mesa) uma vez quando disse a palavra "vermelha" e duas vezes quando disse "preta".

Para ter certeza de que ela o havia entendido, ele repetiu os sinais secretos, dizendo: "O que eu quero é que você use seus poderes psíquicos e me diga de que cor é a carta, vermelha (um toque) ou preta (dois toques). Você entendeu?"

Quando Wendy concordou com a cabeça, ele sabia que ela havia compreendido o código e estava disposta a colaborar com o truque. Sua família supôs que, quando ele perguntou se ela "havia entendido", estava se referindo às suas instruções verbais.

Como ele passou para ela a informação sobre o cinco de copas? Simples. Ele tocou no pé dela cinco vezes para ela saber que ele tinha um cinco. Quando ele perguntou se a carta era de copas, espadas, paus ou ouro, ele comunicou o naipe tocando no pé dela ao dizer "copas".

A mágica real desta história é o efeito que teve em Wendy. Não só lhe deu a chance de brilhar por uns momentos e se sentir especial diante da família, mas tornou-a uma estrela em casa, pois sua família contou a todos os amigos sobre a espantosa experiência "psíquica".

Alguns meses depois, Whit recebeu um pacote de Wendy. Nele, um baralho em braile, com um bilhete. No bilhete, ela lhe agradecia por tê-la feito sentir-se tão especial e por ter lhe permitido "ver", mesmo que por apenas alguns momentos.

Ela disse que ainda não contara à família como acertara as cartas, apesar de eles continuarem a lhe perguntar. Ela terminava dizendo que lhe enviava o baralho em braile para ele poder fazer mais mágicas com pessoas cegas.

PostHeaderIconO tigre e a raposa

 (Massud Farzan)

Uma raposa, que há muito tempo atrás, vivia na floresta, havia perdido suas pernas dianteiras. Ninguém sabia a razão, talvez, fugindo de uma armadilha.
Um homem, que vivia nas vizinhanças da floresta, via a raposa de tempos e tempos, e se perguntava como ela conseguia alimento para si.
Um dia, quando a raposa estava próxima dele, ele viu um tigre se aproximando e escondeu-se rapidamente. O tigre tinha carne fresca em suas garras e reclinando-se em direção ao chão, ele comeu até ficar satisfeito, deixando o resto para a raposa.
No outro dia, novamente, o grande Fornecedor do mundo enviou alimentos para a raposa, através do mesmo tigre.
O homem começou a pensar: "Se esta raposa recebe cuidados desse modo misterioso, seu alimento sendo enviado pelo Poder Superior, por que eu não posso ficar descansando nalgum canto e ter meu alimento diário fornecido também?"
Por causa de sua fé, ele deixou os dias passarem, esperando por comida. Nada aconteceu. Ele só foi perdendo o peso e as forças, até ficar esquelético.
Próximo a perder a consciência, ele ouviu uma voz que disse: " Ei, você, você que escolheu o caminho errado, veja agora a verdade! Você deveria ter seguido o exemplo daquele tigre, ao invés de imitar a raposa deficiente."

PostHeaderIconO relógio

O colégio onde eu estudava, em menina, costumava encerrar o ano letivo com um espetáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa.

Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente, ia ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco: escolheram uma colega minha para o desempenho principal. A mim coube uma ponta, de pouca importância.

Minha decepção foi imensa. Voltei para casa em pranto. Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história, entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo:

- Que é que você está vendo?

- Um relógio de ouro, com mostrador e ponteiros.

Em seguida, mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:

- E agora, o que está vendo?

- Ora, mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos.

Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu:

Este relógio, tão necessário ao seu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.

Nós nos entrefitamos e, no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada. Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi, com a máquina daquele relógio, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos. Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi, também, que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido…

 

PostHeaderIconHistória da Lagartinha

 (Dra. Sofia Bauer)

Havia uma lagartinha que tinha muito medo de sair por ai e morrer pisoteada pelos homens. Por isso, foi-se fechando. As plantas tambem a rejeitavam, achando que ela só queria comer suas folhas. Mal sabiam que essa lagartinha gorda, e que rasteja, pedindo ajuda, poderia ser aquela borboleta que viria ajudar a polinizar as flores dessas mesmas plantas.

Mas, a lagartinha só chorava, apertada, em sua tristeza, até que uma coruja, aquela ave que só consegue enxergar a noite, quando tudo está escuro, disse a ela, pare de chorar, faça alguma coisa! aí dentro de voce mora uma linda borboleta, deixe-a sair. Ela pode voar, ser aceita pelos homens e pelas plantas, ver lá de cima o que voce vê daqui debaixo, mudar de jardim e tudo o mais.

A lagartinha, então, pediu ajuda. Como poderia se tornar borboleta? A coruja, sábia amiga, disse-lhe que era necessária uma metarmofose, de mudança, em que precisava se fechar num casulo para empreender esforços, que viriam dores, mas só as necessárias para fazer as mudanças. Mas o que realmente era preciso era pensamento positivo. Que poderia ser livre, bem aceita, e voar leve, por onde desejasse. Que pensasse em ser borboleta o tempo todo e tudo poderia ir mudando, até que, mais rápido do que ela imaginasse, ela sairia do casulo, como uma borboleta.

PostHeaderIconReverência ao destino

 (Carlos Drummond de Andrade)

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

 

PostHeaderIconMinha Namorada

Composição : Vinicius de Moraes / Carlos Lyra

Meu poeta eu hoje estou contente
Todo mundo de repente ficou lindo
Ficou lindo de morrer
Eu hoje estou me rindo
Nem eu mesma sei de que
Porque eu recebi
Uma cartinhazinha de você

Se você quer ser minha namorada
Ai que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ter
Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque

E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

 

 

 

PostHeaderIconMáscara do sorriso

Na China Antiga, um homem chamado Wong, que se sentia hostilizado pelas pessoas da pequena aldeia onde morava. Um dia o senhor Wong foi visitar o sábio da região e então desabafou: cumpro minhas obrigações para com os deuses, sou um bom cidadão, um exemplar chefe de família, vivo praticando a caridade, Por que as pessoas não gostam de mim? E a resposta do mestre foi simples: embora o senhor Wong fosse caridoso, o seu rosto sério levava a todos uma conclusão diferente. Embora ele fosse muito rico, era pobre de "alegria" e "cordialidade" e, por outro lado, nunca sorria, embora ajudasse as pessoas.

O sábio deu ao senhor Wong uma máscara sorridente que se ajustava perfeitamente ao seu rosto. Advertiu-o, entretanto, de que se algum dia a tirasse do rosto, não conseguiria recolocá-la. No primeiro dia em que Wong saiu à rua, todos começaram a cumprimentá-lo e em pouquíssimo tempo já estava cheio de amigos. Mas, um dia, chegando à conclusão que as pessoas não gostavam dele, mas da máscara, pensou: é preferível ser hostilizado, a ser estimado por uma máscara falsa. Foi até ao espelho e retirou a máscara sorridente. Mas que surpresa… o seu rosto tornara-se também sorridente, assumira as expressões e o sorriso da máscara…

"Sorria sempre, mesmo que seu sorriso seja triste, pois mais triste que um sorriso triste é a tristeza de não poder sorrir"

PostHeaderIconCavando um buraco

Dois irmãos decidiram cavar um buraco bem profundo atrás de sua casa.
Enquanto estavam trabalhando, dois outros meninos pararam por perto para observar.

- O que vocês estão fazendo? – perguntou um dos visitantes.

- Nós estamos cavando um buraco para sair do outro lado da terra! – um dos irmãos respondeu entusiasmado.

Os outros meninos começaram a rir, dizendo aos irmãos que cavar um buraco que atravessasse toda a terra era impossível.

Após um longo silêncio, um dos escavadores pegou um frasco completamente cheio de pequenos insetos e pedras valiosas. Ele removeu a tampa e mostrou o maravilhoso conteúdo aos visitantes gozadores. Então ele disse confiante:

- Mesmo que nós não cavemos por completo a terra, olha o que nós encontramos ao longo do caminho!

Seu objetivo era por demais ambicioso, mas fez com que escavassem. E é para isso que servem os objetivos: fazer com que nos movamos em direção de nossas escolhas, ou seja começarmos a escavar!

Mas nem todo objetivo será alcançado inteiramente. Nem todo trabalho terminará com sucesso. Nem todo relacionamento resistirá. Nem todo amor durará. Nem todo esforço será completo. Nem todo sonho será realizado.

Mas quando você não atingir o seu alvo, talvez você possa dizer,

- Sim, mas vejam o que eu encontrei ao longo do caminho! Vejam as coisas maravilhosas que surgiram em minha vida porque eu tentei fazer algo!

É no trabalho de escavar que a vida é vivida.

E, afinal, é a alegria da viagem que realmente importa!

PostHeaderIconGuiados por cegos

Era uma vez uma senhora idosa, num canto da rua, confusa e hesitante na tentativa de fazer a travessia diante de um tráfego intenso.
Temerosa, ela não conseguia sair do lugar.
Finalmente apareceu um cavalheiro que, tocando-a, perguntou se poderia atravessar a rua com ela.
Alegre e muito agradecida, a senhora tomou seu braço e juntos partiram em direção ao lado oposto.
Foi então que ela começou a ficar mais apavorada ao ver que o cavalheiro ziguezagueava pelo meio da rua enquanto buzinas soavam e freios eram acionados com motoristas dizendo palavras ofensivas.
Quando finalmente chegaram ao outro lado, ela, furiosa, lhe disse:

- "Você quase nos matou. Você caminha como se fosse cego!"

- "Mas eu sou. Foi por isso que lhe perguntei se poderia atravessar junto com a senhora."

Em muitas ocasiões nos encontramos aflitos e temerosos diante de situações difíceis e, aparentemente, sem solução.
Ficamos fragilizados e hesitantes e, quando aparece alguém propondo uma saída, logo abraçamos a nova possibilidade sem o cuidado de verificar se estamos trilhando terra firme ou nos dirigindo a um precipício.

 

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