Horizonte Com Poeira Na Garganta, De Você Não Me Recordo Uma Vírgula Te entendo, meu amigo Perdido entre estrelas e uma poça de lama sob o holofote das flores Essa dama que ostenta as margaridas ao amanhecer possui uma leveza de estrelas desenhadas Como dizer isso nesta chuva de lembranças Enquanto danço com um manto nos braços e os pés a deslizar nos espinhos que eu mesmo cultivo por pura diversão? Ela fez um poema que dizia que as palavras são a mágica do pensamento humano e que a ciência, uma bebida rasa para nossos corpos que são quentes como as cores Nudez dividida em duas Nesse instante Deitada como rio em prece rumo ao sol que se perde nos galhos com um passarinho que Prestes ao canto Delicadamente abaixa o bico As nuvens dizem que estou certo diante da treva que me cobre e Onde as aves cantam Eu preparo o solo que cavamos no céu semanas antes de se erguer dizendo as palavras mais terríveis do Universo Não digo mais nada contra o eixo da natureza Embora eu saiba que o murmúrio que me cabe enlouqueceria tua nuca estendida na cama das horas Eu sem poder respirar Com vontade de me vestir com a labareda que chicoteia o horizonte Como a forma mais tranquila que pousa sobre meus ombros de ave na imensidão das chuvas mais profundas A cidade perdeu a vez dentro de minha mão direita a procurar peixes no aquário vazio de teu olho esquerdo Agora tão dolorido A chuva é um disfarce na garganta para quem perde os dentes na luta com as cores Destruição! Piedade! Choros de ninguém! Morte alguma! Eu estou mudo de novo e quero que se alegrem a melodia das cavernas da nossa mente enlouquecida pelas luzes das cadeiras sérias de escritórios malditos de sorrisos presos Vamos incendiar os cantos e seus esconderijos de dinamite tão pouco testados até o próximo segundo Quando o dedo lança a timidez para longe e percorro inquietas selvas com o licor das sombras Visto um delicado par de chinelos nos cabelos do horizonte toda vez que metralho suas retinas inertes de perfeição vazia Sigo o rastro de quem já morreu Amar É jogar pérolas aos pratos. (Jonas Pereira Santos/ Paulo Sposati Ortiz)
Aquele abraço, Paulo http://poenocine.blogspot.com/ |
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