O Inferno Em Nossas Mucosas Faremos coisas inimagináveis ao cair da tarde violeta viveremos o avesso das doutrinas mais fecundas com o menor alfinete jamais esquecido na palma esquerda cavaremos os hábitos das larvas infindas toda a terra em festa por estarmos com os punhos cerrados os canários de nossa loucura nossos lábios de vermute o tubarão do nosso desejo abrindo o mar com sete lâminas gargalhadas elétricas em nosso globo ocular planetas dançando como demônios numa jaula de cristal nossos pensamentos no lodo enquanto os lenços nos amordaçam babas sem moral e tragédias lúbricas enquanto a flor grita sob a água desfalecemos no esforço e na virtude com as costas curvadas pelo intenso brilho das nuvens levitamos em pedaços de pólvora apenas dois amigos bêbados do insistente poço das pupilas. (Giulia Lancellotti/ Paulo Sposati Ortiz)
Aquele abraço, Paulo http://poenocine.blogspot.com.br
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